As Parteiras Tradicionais do Amapá

Zuleide, Jorge Amanajás e dona Rossilda

Profissionais especializadas na assistência ao parto natural. As parteiras. Atualmente no Estado do Amapá há 2535 parteiras, de acordo com a Associação de Parteiras tradicionais do Amapá. Uma das atividades mais tradicionais que antes era vista como bruxaria e aos poucos essas mulheres foram conquistando seu espaço na sociedade.

Não pense que é um tema ultrapassado. “É um tema ainda atual, ainda mais em locais distantes, onde as parteiras são o último refúgio das mães. Da década de 60 pra cá, quase todas as crianças nasceram de parteiras inclusive eu”, disse o apresentador Jorge Amanajás.

Nossa equipe escolheu esse tema não somente por se tratar de uma profissão tradicional da Amazônia, mas com o intuito de resgatar a história e valorizar essas mulheres. Essas mulheres ajudam não somente no parto, mas são conselheiras e benzedeiras.

Foi muito emocionante para toda equipe conhecer algumas dessas mulheres que choram junto com a criança que acaba de vir ao mundo.

Louceiras do Maruanum

Nossa equipe desembarcou na comunidade de Santa Lúcia do Maruanum, que fica as margens do Rio Maruanum uns dos braços do nosso Rio Matapi. Um região muito bonita.

Nesse programa fomos conhecer de perto a comunidade afro-descendente, suas características, na qual se destaca as louceiras. Nosso enfoque foi saber como elas conseguem manter viva essa tradição centenária e como passam a profissão para as futuras gerações. O que esse trabalho representa para a sociedade.

Começamos a gravar do local aonde elas tiram o barro para fazer a arte, essa arte secular, que envolve muitos mistérios e superstições, mas principalmente uma arte que mostra a grandeza desse povo que vive nessa belíssima região da Amazônia e do Amapá.

MOVELARIA

Um setor que vem crescendo muito no Estado é o de movelaria. Diante desse fato, a equipe do programa decidiu descobrir com vocês os caminhos que percorrem este setor. Quantas pessoas o setor moveleiro emprega, quais as dificuldades que os trabalhadores enfrentam e qual a influência deste setor na nossa economia.

Começamos a gravar ao lado de uma gigantesca árvore Angelim pedra uma das madeiras mais nobres da Amazônia e do Amapá, utilizada pelo o setor moveleiro. Depois, seguimos para um bate papo com o presidente do Sindicato Indústria do Mobiliário do Estado e o superintendente do Sebrae. Também visitamos o distrito industrial de Santana e conversamos com donos de marcenarias.

Nesse programa aprendemos um pouco mais sobre o setor moveleiro suas dificuldades e importância para gerar emprego e riqueza para o nosso Estado.

Área de Livre Comércio

Você já ouviu falar de área de livre comércio? Acredito que sim. Nesse décimo primeiro programa escolhemos esse assunto. A área de livre comércio de Macapá e Santana foi criada em 1991 e de lá pra cá muitas transformações aconteceram na nossa economia. As cidades de Macapá e de Santana são localizadas numa posição geográfica privilegiada, que permite uma relação comercial, uma interação comercial, com vários estados através do nosso Rio Amazonas e que permite uma interação devido a sua localização geográfica com países da Europa, das Américas do Norte e Central e a Guiana Francesa.

Conversamos com um grande pesquisador professor Jadson e com o presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Comércio de Macapá e Santana para fazermos uma análise de como a área de livre comércio influenciou a nossa economia, no processo do fluxo migratório, as questões positivas e negativas, que chegaram com que pudéssemos ter hoje a nossa área de livre comércio de Macapá e Santana sendo um dos pilares da nossa economia.

Fortaleza de São José

Nesse programa visitamos a Fortaleza de São José de Macapá, o maior monumento da colonização portuguesa no Brasil. Uma das sete maravilhas do Brasil. Não basta apenas conhecer o monumento é preciso entender como se deu a construção e mais, o que isso representa historicamente para a Amazônia, para o Estado do Amapá e para o Brasil. Isso que o programa mostrou.

Para falar sobre a fortaleza fomos lá onde tudo começou: Na pedreira. Lá de onde se extraíram as pedras que serviram para a construção da fortaleza de São José de Macapá.

Nossa equipe passou por uma experiência inusitada. Entramos numa cratera, de cerca de três metros de profundidade, próximo do rio pedreira aproximadamente 50 km de Macapá. Encontramos uma pedra talhada que provavelmente deve ter sido manuseada a mais de 200 anos atrás por escravos. Observar tudo isso de perto foi uma sensação inexplicável. Ainda hoje, a comunidade trabalha retirando essas pedras.

Construção Naval

No Amapá, vemos todos os dias milhares de embarcações grandes, pequenas, personalizadas, enfim, de vários tipos. É tão comum ver, mas muito raro saber como se constrói um barco, como vivem os carpinteiros, suas experiências e dificuldades.

Visitamos a comunidade do Elesbão. Lá conhecemos o estaleiro milagres de Jesus, conversamos com os trabalhadores no local e com a associação de moradores. Foi muito interessante conhecer de perto o trabalho da carpintaria. Com simpatia e simplicidade os carpinteiros durante o trabalho pararam um pouco para explicar cada passo, a importância de cada detalhe, as curiosidades e quais as dificuldades que enfrentam diariamente.

Fitoterápicos

Quem de nós nunca tomou um chá feito pela avó ou pela mãe para curar uma febre, uma dor de barriga ou uma dor de garganta. Pensando nisso, nossa equipe resolveu conhecer um pouco mais sobre as plantas medicinais e chegamos aos Fitoterápicos.

Para saber como é que faz a união do conhecimento popular com o científico conversamos com a pesquisadora em fitoterapia (Ciência que se ocupa no tratamento das doenças através de plantas medicinais) Alessandra. Ela nos explicou várias coisas importantes.

Ainda em busca de mais informações, chegamos a casa de dona Castorina, 79 anos. Lá encontramos um quintal belíssimo cheio de plantas. Cada planta possui sua função em nosso organismo.

Gravar esse programa foi divertido e cheio de surpresas. Nesse programa aprendemos com pesquisadores e com sabedoria popular sobre o poder das plantas medicinais.

Lixo Urbano

No sétimo programa decidimos falar sobre algo que vemos todos os dias e muitas vezes não nos preocupamos com seu destino. Estamos falando do Lixo Urbano. O lixo nosso de cada dia. Lixo que eu e você juntamos diariamente.

Um dos maiores problemas da humanidade principalmente nos grandes centros urbanos é o lixo. Qual o destino do lixo, de que forma estão tratando do lixo da nossa cidade. A cidade de Macapá e Santana juntas já tem quase mais 500.00 mil habitantes então é muito lixo para ser tratado para ser transportado, para ser cuidado para não contaminar o nosso meio ambiente.

Nesse programa conversamos com Sandro de Souza o engenheiro responsável pelo aterro controlado. Ele explicou de maneira objetiva, como é feito a coleta e quantas toneladas de lixo entram aqui todos os dias. Aprendemos como é que se trata desse lixo e como o lixo pode gerar emprego e renda.

Assentamentos

Chegamos à área rural do Estado do Amapá, nesse programa aprendemos como funcionam os assentamentos da reforma agrária do Incra do Estado. São 30 assentamentos, mais de 1 milhão e 200 mil hectares de terra, com 12 mil famílias.

De conhecimento e aventuras assim foi o dia de gravação. Nossa equipe a bordo de uma catraia navegou pelo rio Anauerapucu. Vimos vários barquinhos desse que refletem a realidade da Amazônia. Conhecemos um assentamento agroextrativista e lá constatamos o trabalho dos assentados, cuja principal atividade é a colheita do açaí, do peixe e o camarão.

Quilombo do Curiaú

Todo mundo sabe que o Estado do Amapá possui uma população composta de descendentes de brancos, índios e negros. Para falar mais sobre os negros decidimos visitar a Fortaleza de São José de Macapá, que além de ser considerado um marco importante da cidade, foi erguida com o trabalho dos escravos, da força dos negros que chegaram aqui em meados do ano de 1751.

É bonito observar a obra, mas a fortaleza revela uma história linda e também triste, porque muitos morreram durante a construção. Oriundos da África, do Rio de Janeiro e da Bahia, os negros que chegaram aqui para construir foram os que perderam a base familiar. E aos poucos foram reconstruindo sua história.

Açaí e Peixe

Nossa equipe pensou em falar desta vez de um assunto muito interessante que é fonte de emprego e renda para muitos no Estado. O Açaí e Peixe. Em todos os lugares se encontram esses produtos e o difícil é encontrar quem não goste de saboreá-los.

Para falar sobre o Açaí, fomos até o Porto do Santa Inês, em Macapá. Lá chegam uma boa parte do Açaí que é comercializado na região.

Passar um tempo com os trabalhadores foi muito produtivo para toda equipe. Conhecemos as dificuldades que eles enfrentam diariamente. O sacrifício que é para tirar o açaí do mato. Cansa só em pensar que é preciso subir cerca de 50 árvores por dia para depois tentar comercializar. Mas, nem sempre compensa o sacrifício. O Açaí é o produto que mais varia de preço.

Para falar do peixe, seguimos até a feira do pescado, no Perpétuo Socorro. Lá conversamos com os pescadores sobre o trabalho no mercado informal e a importância da associação dos pescadores.

Áreas de Ressaca

O Programa Caminhos do Amapá esteve na Passarela Gonçalves Dias, no bairro do Muca, para falar de um assunto muito comum no Estado: Nossas Áreas de Ressaca. Nossa equipe conversou com o presidente da associação de moradores e alguns moradores antigos do bairro para entender como as pessoas vivem e como ocorreu a ocupação dessas áreas.

Conhecemos muita gente batalhadora que luta pela sobrevivência, mas também vimos de perto os problemas que os moradores enfrentam quanto a violência e a falta de água tratada.

Chegamos ao Porto de Santana

A equipe do programa Caminhos do Amapá desembarcou no Porto de Santana. Lá encontraram personagens da vida real que contaram suas experiências e dificuldades para sobreviver. O Porto de Santana fica às margens do Rio Amazonas e é considerado um dos portos mais importantes da Amazônia.

Foi muito bom conhecer de perto o trabalho e a vida dos que vivem às margens dos rios. Aprendemos muito sobre como funciona a área portuária que é a porta de entrada e saída dos produtos da Amazônia. E ainda vemos de perto o grande potencial que essa região possui para se desenvolver numa economia forte. Mas é necessário, acima de tudo, investimentos.

APA DA FAZENDINHA

O programa Caminhos do Amapá, exibido aos sábados, pela Record, lançou seu primeiro programa no dia 18 de outubro de 2009. Para quem gosta de viajar e conhecer um pouco mais sobre cultura este foi o programa ideal. Ele levou você a viajar por todo Estado sem sair de casa.

O primeiro programa mostrou o distrito de Fazendinha, local que possui a APA (área de proteção ambiental) e uma das praias mais famosas da Amazônia.

Quando a equipe escolheu esse assunto pensou em fazer referência ao turismo do Estado e entender a relação entre uma área de proteção ambiental e uma comunidade.

A beleza do lugar, a simplicidade e a luta da população em buscar alternativas em transformar toda essa beleza do rio amazonas e a praia em oportunidades para geração de emprego e renda chamou a atenção do grupo. Foi um programa muito interessante.

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